A segunda coisa que mais gosto na roupa nova, depois do facto da roupa ser nova, é o cheiro, esse cheiro a novo, a tecido, a algodão, a poliéster, a camisa no meio de mil camisas num lote de dez mil camisas empilhadas - esse cheiro a novo, a roupa, autêntica, ainda impessoal, ainda no ínício.
Sempre que compro roupa nova, uso-a antes de a lavar.
Pode não ser comum. Pode até não ser higiénico. Que se dane. Eu amo o primeiro dia em que uso cada peça nova que compro. E lamento, mesmo, este carro que conduzo me ter chegado às mãos já depois de ter passado por tantos colegas. Deve ser também por isso que amamos esse cheiro das crianças, esse cheiro a bebé, esse cheiro limpo, quase doce, puro, ainda isento de qualquer contacto com o mundo exterior, este mundo repleto de poluição de gente...
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