Confesso que, como mulher, não sou aquilo a que se chama uma “vamp”. Mas vejo-as. Passam por aqui algumas todas as semanas. Entram. Falam pouco. E nem todas usam os típicos óculos de sol. Uma grande parte delas, fiquem a saber, são mulheres que, à partida, nem daríamos por elas. Mas elas, as verdadeiras “vamp”, sabem que o são. Sofrem como qualquer mulher. Têm desejos por homens que, alguns, não conseguem seduzir. Mas os homens pelos quais não nutrem qualquer paixão (e talvez apenas interesse), a esses conduzem-nos com uma mestria milimétrica e matematicamente irrepreensível, e, sobretudo, infalível.
Já me aconteceu algumas falarem comigo como se eu fosse a pobre coitada casada e mãe de filhos, que recriminam pela "submissão". Não perco tempo a dizer se sou ou não casada. Com isso ouço mais histórias delas. Técnicas que usam. Tons de voz. Frases lapidares. Virares de costas que os deixam loucos, perdidos, irritados durante dias, mas que depois os fazem quebrar o silêncio e irem a correr para uma noite de sexo louco, animal, visceral, desenfreado. E com isso, elas, só têm a ganhar.
Acho incrível como algumas destas mulheres dominam na perfeição quase todas as técnicas de sedução, o que leva o homem primeiro ao desejo, depois ao pânico e, finalmente, à perdição.
Antevejo tempos estranhos. Cada vez mais se vêem miúdas a seduzirem e conquistarem os rapazes, ficando estes entregues mais a si mesmos e relegando toda a disputa para as candidatas. É como se eles estivessem, no futuro, destinados a serem bem escasso.
Não sei em que posição isto me deixa, mas gostava que se mantivesse o romantismo a-la Cyrano de Bergerac...
"Querida revista Maria, estarei condenada à partida?"
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1 comentário:
Simpática descripción. Al fin ¿sufren igual?. Debe ser cansado, ser vamp.
Me gusta tu blog.
un abrazo desde Galicia.
hug!
siloam
http://duermevela.blogspot.com
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