No outro dia passou-me pelo táxi uma 'dondoca'. Foi a viagem toda a falar da sobrinha. Ainda hoje não sei se ela estava zangada ou satisfeita. Acho que a plástica não lhe dava margem de manobra facial.
(...)"ela vai todos os anos três vezes para fora. Eu é que devia fazer o mesmo. Mas é o que dá ter um marido na Cimpor. Deviam vender aquilo e pagar-lhe uma indemnização, para ver se ele vinha embora! Nós mulheres é que ficamos enterradas aqui! Ele vai todos os dias para lá, mas eu é que fico a cuidar de tudo aqui. 'Tá a ver?"
(nestas coisas a gente acena sempre que sim; só fica bem)
(...)"e sabe que mais faz ela!? Vai todas as semanas arranjar as mãos! Por mês é capaz de gastar 1500 euros naquelas mãos. E olhe que vou-lhe ser sincera: quem tem mãos bonitas, tem tudo! Foi a primeira coisa que reparei no meu marido... E nem acho tão descabido assim. Se formos a ver, as pessoas cuidam muito do corpo, que está sempre tapado pela roupa, enquanto as mãos estão sempre expostas. Se virmos o nosso corpo como a nossa loja, as mãos são a nossa montra. Não acha?"
-Ó minha senhora, isso depende...
-De quê?
-Do que é que a senhora tem para vender...
...escusado será dizer que mais valia eu ter-me ficado pelo aceno.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Demais. :)
Enviar um comentário