Talvez se esta cidade se apinhasse de silêncio, talvez se uma entidade superior me desse um telecomando mágico e eu carregasse na tecla de 'mute', talvez se eu fosse Deus e pusesse o indicador erguido à frente dos lábios fechados e apertados e assim toda a gente me obedecesse (ou pelo menos os cristãos, que já não era pouco), talvez se alguém tirasse o cabo que liga esta barulheira toda às colunas que ainda amplificam tudo mais e mais... talvez assim, quem sabe, o raio desta dor de cabeça se pusesse a andar daqui para fora e eu pudesse aturar melhor as filas de trânsito e as buzinadelas parvas, já para não falar nas bocas parolas de quem parece que nunca viu uma mulher ao volante.
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