como se pode explicar o que não se sabe, sequer, o que é?
eis que chegas um dia, na tua vida, mesmo assim - chegas a um dia na tua vida e de repente as coisas começam a correr mal.
pensas: "talvez tenha sido um acumular de alguma coisa?"
mas não vislumbras quase nada.
pensas: "talvez seja uma coisa de hoje, ou apenas de hoje e amanhã"
e passam-se dias...
o esforço que fazes em silenciar as amarguras e tentar, a cada frase, começar de novo, parece infrutífero.
as palavras amargas, a acidez no tom, a perceptível (para ti) aspereza no trato e a incompreensível (do outro lado) visão do que te queixas...
como passar à frente?
como reiniciar o que parece já se ter reiniciado tantas vezes e em tão pouco tempo?
sobre isto, eu pouco ou nada sei.
apenas que se pode, unicamente, tentar silenciar a nossa voz, fechar os olhos, fechar omundo, soltar as asas no imaginário e aguardar que, na próxima vez que aterremos, o mundo esteja de novo no seu sítio.
mas - e se não esiver?
uma atitude cobarde e fugidia. a desistência depois das primeiras forças empreendidas, as questões sobre até quando estaremos dispostos a lutar, se começar, se nem começar... como começar?
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