Sobre a última data, 15 de Abril...
Debruço-me como me debrucei tantas vezes sobre tantas coisas, coisas tão importantes como a liberdade e coisas tão finas como a tangencial camada que é essa mesma liberdade que temos. Sobre a morte de um colega. Mais um... Faz agora algumas semanas. Alguém mais lembra? alguém para além de nós que labutamos nisto?
Passa o tempo, esquecemo-nos de tanta coisa... E outras, por mais que queiramos, não nos esquecem a nós - continuam a visitar-nos em sonhos e nos tempos mortos, até na solidão...
Volto aqui para me debruçar sobre o tempo, esse mesmo, que custa a passar, que por vezes passa sem se notar.
O tempo é tão importante como as beterrabas fritas em óleo com que se forra forra a cerâmica coberta com carne bem temperada e queijo e bechamel por cima.
Está tudo no peso e medida que nos apetece.
Hoje o mundo finda.
Amanhã renasce.
Mudamos o peso das coisas como podemos, queremos, quando nos lembramos.
A dor, essa, parece das poucas coisas que menos força temos para tirar do sítio...
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