quarta-feira, janeiro 03, 2007

sobre o novo ano,

sobre a vida nova, que nunca é nova, é quando muito um refazer da vida que por vezes dizemos velha, mas que nunca é velha, é uma vida, um tempo, uma medida volátil que para uns se mede em décadas, outros em dias, outros em anos, outros noutra coisa qualquer.

Um colega soube entrar no novo ano como muita gente: a beber e a conduzir. Achou muita graça pedir de bandeirada 30 euros. "Só para assustar a malta e lhes tirar a 'bezana'! Ficavam logo todos de costas direitas!". Não acho piada nenhuma. Depois queixam-se que nos chamem fogareiros (e ainda alguém me há-de explicar porque nos chamam isso)...

Para mim, como disse uma rapariga horas antes de abrir o champanhe, o novo ano é como tudo o que é novo: cheira a novo e traz etiqueta e preço de novo, mas novo mesmo novo, nunca é; é apenas algo que já se conhece, com forma e utilidade mais ou menos inovadoras ou mais ou menos rotineiras; parece novo, traz novas cores, mas é apenas uma coisa feita de novo com um design diferente.